sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Escalas de trajetórias.

Aquele ano que você julgava perdido, sem qualquer atrativo ou motivo para ser lembrado quando você tivesse 80 ou 90 anos e estivesse tomando papa na cozinha, teima em lhe dar tapas no rosto. Você vivia reclamando do excesso de tempo. Agora, perdeu seu tempo precioso e estimado de reclamações inócuas. Aquele rapazote com sonhos fáceis, que viu a realidade difícil se perdeu dentro dela e dos desabafos, limpou a sujeira dos joelhos, por ter ficado muito tempo ajoelhado e choramingando, e levantou-se. Não dá mais tempo de ficar ajoelhado. Temos de correr. Corra, Mau, corra.

Mesmo sem bater nenhum recorde nas primeiras corridas, pode-se perceber claramente que os resultados aparecem depois de certo treinamento. Podemos perder um pouco do fôlego em determinado momento, mais que compreensível. Afinal, viramos profissionais nesse negócio tem muito pouco tempo. Não é como ter bate papo metafórico, coisa que você já é extremamente experiente, e que virou sua carapaça-all-moment. É novidade. E o novo é #tenso. Por definição, é impossível prever o imprevisto.

Mas a sensação de conseguir algo por seu mérito é indescritível. Mesmo que quando a emoção espontânea passe depois de algum momento, e apareça aquela racionalização chata e impertinente, tornando seu feito pequeno, fica na memória a sensação de ter conseguido. Aquela emoção pura, que escapa direto do ID Freudiano. É bom pra caralho.

Obrigado, 2010. Por tudo. Você está no hall.

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