quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Paul Kuhr diz:

I’ve watched for years as you failed at life
Leaving behind the desperate cause
Piercing sound that comes from miles below
Rising from the depths to take you home

There is no compassion
The end is drawing near
As the waiting burns
Your guilt will keep you alive

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

It's all a question about time.

Coisas esquisitas acontecem nesses últimos dias. Parece que eu finalmente consegui tomar consciência de algumas coisas em minha vidinha. Sabe quando você se pega pensando sobre quando notou que os primeiros pelinhos nasceram no suvaco? Lembra da emoção? Pois é. Ou quando você percebeu pela primeira vez que alguma menina estava dando em cima de você, e você teve certeza que não era um monstro, ou diferente dos seu seus amigos.

Esses dias estava conversando com uns amigos, numa viagem que fizemos, sobre a Copa do Mundo, e de quando cada um tinha começado a acompanhá-la de maneira racional. Lembro de um dos meus amigos falando que se vestiu todo na Copa de 94, que foi totalmente fantasiado pela mãe, e que ficou parecendo um índio. E eu lembro que disse que a primeira Copa que eu acompanhei com um olhar "tático", por causa da minha paixão descontrolada por futebol, foi na Copa de 2006. Eu tinha 20 anos, completados recentemente.

Mas, pensando hoje, eu acho que a hora ainda não tinha chegado. Acho que a tomada de consciência ocorreu nos últimos anos, quando meu envolvimento com o futebol chegou ao ápice (acho eu). As lembranças, as decepções, as alegrias inesquecíveis. Tudo veio de 3 anos pra cá, mais ou menos. Lembro do primeiro gol do Kaká na Copa de 2006, contra a Croácia. Chutaço de canhota, de fora de área. O Brasil jogou mal aquele jogo, e lembro de reclamar constantemente da transmissão da SporTV, que filmava os jogadores de muito longe.

Mas, repito, ainda não era o momento. Parece que, enfim, ele chegou. Aliás, está chegando de uma forma regular e constante. Minhas lembranças de erros antigos e de sucessos recentes me ajudam muito mais a tomar atitudes e decições atualmente. Não que eu não tenha errado essas mesmas coisas em outras oportunidades, mas parece que o aprendizado só chegou agora. Aos 23 anos. Meio lento, acho.

Se o senhor presidente do Brasil pode fazewr analogias bestas com futebol, eu também posso. Eu acho que consigo enxergar as coisas com mais maturidade e, principalmente, com mais serenidade. Ainda falta uma boa dose de responsabilidade. De fazer mais e falar menos. Ou apenas fazer na mesma proporção que falo. Mas não dá pra se conseguir tudo de uma vez.

Atualmente, eu lembro das minhas coisas não como esperanças presas ao passado. Eu lembro como elas devem ser lembradas: Como lembranças.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

2010?

Ps. Esse blog faz um ano hoje. Incrível como ele durou. Vamos em frente.

É impressionante como somos sugestionáveis. Depois de um ano bom, com mais motivos para rir do que para chorar, com lembranças de sorrisos, abraços, apertos de mão sinceros, e superação de conflitos e situações difíceis e espinhosas, 2009 termina. E, no que poderia apenas ser analisado como uma passagem de um dia para o outro, os primeiros segundos do dia 1º de Janeiro nos trazem uma esperança simplesmente impressionante.

Nada muda. É simplesmente a passagem de um dia para outro. É simplesmente mais uma constatação de uma enorme e massiva convenção, de como o tempo é um conceito brutalmente arraigado em 99,9% de todas as populações mundiais. Mas ninguém consegue fugir disso. Somos inundados por um clima de fé, esperança e sorrisos, os quais simplesmente não conseguimos - nem queremos - ir contra.

A passagem de um ano para o outro consegue ser positivamente violenta para todos. Não importa quem. Se tivemos um ano bom, temos a esperança clara e concreta de que o que vem será ainda melhor. Se, por outro lado, tivemos um ano ruim, temos a total crença de que, agora, simplesmente porque o dia passou, as coisas vão clarear e tudo poderá ser diferente.

Isso não é uma crítica, muito pelo contrário. É uma constatação. E eu não fujo, e nem quero, fugir dela. É algo que transpassa totalmente a racionalidade. De onde vem essa vontade de melhorar? De onde vem o cansaço ou a satisfação do ano que está "acabando"? Simplesmente não sei. Mas os sorrisos que recebemos nas últimas horas de um ano que acaba, e os abraços que explodem sinceridade nos primeiros segundos do ano que entra, são de uma força e magnetismo ímpares.

Na verdade, quando abraçamos os outros, estamos abraçando nós mesmos. Estamos nos dando uma nova chance de, na verdade, sorrir mais, mais e mais. Não digo "uma chance de novo", porque isso não existe. Se aprendi, finalmente, algo nesse ano que passou, é que, na vida, temos sempre sorrisos e lágrimas, independente de situação e local.

Temos sorrisos e lágrimas. É tudo que temos, e ninguém pode tirar isso de nós.

Sim, 2010.