quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Tentar escrever algo sem parar e sem pensar muito, só pra ver no que dá. Tente o máximo de tempo possível manter seus dedos trabalhando, parando apenas para consertas erros de português. Parece que a burrice acompanha os idealistas. E já pararam para pensar no que significa realmente idealista? Porque as pessoas só pensam nessa palavra no cunho político? Pelo menos, a maioria delas.

Cada dia que passa, eu só consigo pensar que a burrice é, ao mesmo tempo, uma benção e uma mazela, e que sempre caminhará com esses dois gumes, ao lado dos idealistas. Idealizar algo, ou alguém, é muito mais fácil do que idealizar a si mesmo. A decepção que se tem quando o que se quebra é o ideal que você tinha de você mesmo, é de cunho muito mais violento e nocivo.

Sempre lutamos para melhorar como pessoa. São raríssimos os indivíduos que se sentem satisfeitos consigo mesmo. Nem vou entrar no mérito se isso é bom ou não, porque daria uma discussão totalmente inútil e, ainda por cima, infinita. Mas o fato é que sempre tentamos vencer nossos defeitos. Sempre tentamos ser pessoas melhores, com mais atrativos. E isso não é para que os outros vejam ou percebam. Isso é para nós mesmos. Também não tem - muito - a ver com ego. É simplesmente uma satisfação de dever cumprido. De ter melhorado como pessoa falível, que todos somos.

Mas melhorar é muito difícil. E quando não conseguimos, idealizamos. O perigo maior é dar a essas idealizações, status de verdades. O clássico "sonhar acordado". É muito triste ver uma pessoa de 23 anos de idade, completamente desiludida e frustrada. Mesmo vivendo tão pouco.

Falta propósito. Os que você elegeu, surgem intangíveis.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Why?

"Starting from zero we've got nothing to lose"

De vez em quando nós desejamos tirar férias das coisas que sentimentos, ou, como eu costumo dizer, tirar férias de alguns erros que cometemos, e cometeremos até o fim de nossas vidas. Aqueles murros em pontas-de-faca, os quais nunca conseguimos nos livrar. Aí vem todo aquele papo de amadurecimento, evolução, desenvolvimento, e todos esses conceitos que podem ser usados na auto-ajuda, a depender de quem os utiliza.

Às vezes não nos importamos em ser covardes; em colocar a cabeça dentro de um buraco e esperar a tempestade passar, ainda que sua bunda fique exposta. Como você não vai ver, tá tudo certo. Mas isso não quer dizer que o cansaço não apareça e, como sempre, não frustre. Sempre vemos em filmes bestas, cenas de personagens que resolvem largar tudo, ou simplesmente dar uma guinada na vida, usando uma outra ótica sobre sua existência, etc.

Mas isso não é inteiramente necessário. Na verdade, recomeçamos todos os dias. Quando saímos de casa, seja para a praia beber, seja trabalhar ou estudar, partimos em busca de algo, que muitos não sabem sequer o que é. Saímos a espera de encontrar um alvo certeiro que possa nos seduzir, e aí sim, depois disso, começarmos a descer a âncora, parando um pouco de procurar.

Será que não temos mesmo nada a perder, quando começamos do zero? Aliás... Será que é possível começar do zero?

Não.