quinta-feira, 23 de abril de 2009

Forrester.

Os sentimentos que aqui estavam e se foram, não podem acalentar a inquietude daqueles que ainda virão.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Importâncias.

Engraçado como cada pessoa têm (vou usar esse acento até morrer. Foda-se a reforma) seus amores e admirações. Quando paro pra pensar nisso, entro em choque com minha crença - inabalada - de que o ser humano é um vírus fadado a se auto-consumir e morrer. Quando penso que podemos ter, realmente, amor por algo ou alguma pessoa, meus pensamentos entram numa espécie de espiral, da qual geralmente saio com o clássico "ah, depois penso nisso". Fuga, pra variar.

Pensei muito em 4 "entidades" hoje. Que me fazem realmente feliz, e me fazem ter fé em... Alguma coisa. São elas, totalmente fora de ordem, afinal, amor não se mede: Meu pai; Paulo; o Sport e Kurt Cobain. Mais eclético impossível.

Meu pai têm defeitos como qualquer ser vivo normal. Têm qualidades, também, como qualquer ser vivo normal. Mas é uma pessoa que possui uma característica invejável: Ele acredita nas pessoas. Não importa o quão já tenha sido enganado, surrupiado, humilhado por pessoas e pela própria vida. Ele não perde sua fé nas pessoas. Eu espero um dia, enfim, aprender isso com ele. Das vezes que tentei, quebrei a cara. Ele também. Mas a diferença é que ele segue firme e forte, acreditando. 

Um sujeito tremendamente boa praça. Uma pessoa de fácil tato, e que todo mundo gosta. Justamente o oposto de mim. Se eu for 30% do que meu pai foi e é, tenho certeza de que... Terei mudado muito. Não, sério, serei um homem feliz, creio. Repito a frase: Penedão, conto contigo.

Depois de 3 meses sem bater um papo tet-a-tet, meu chapa Paulo está vindo fazer uma visita aos pobres do Recife. Sai da maldita Belo Horizonte-que-não-faz-calor e vem pra esse Inferno de Dante. Cara fantástico. Percebe-se seu valor com 10 minutos de conversa e, principalmente, nas piadas de extremíssima qualidade intelectual. Deixa amigos/colegas por onde passa. E isso é, de longe, a maior herança e atestado-de-fazer-as-coisas-certas que uma pessoa pode receber. 

O santo bateu de cara. O cara é porreta. É homem-ferrolho, e me entende em 10 minutos o que outras pessoas levam meses... E não conseguem captar. Ficará pouco tempo, mas os momentos contam demais. Silveris sente saudades.

Amanhã tem jogo do Sport. Jogo da paixão da minha vida desde os 8 anos, idade racional pro futebol começou aí. E cresce de uma forma assustadora desde aquele momento. Assustadora mesmo. Queria gostar menos, me envolver em menor intensidade. Não dá. Se pudesse, moraria lá, e faria de tudo pra ajudar uma instituição que consegue colocar lágrimas em meus olhos com mais frequência de que todas as emoções que tive na vida. O amor puro e simples, sem esperar algo em troca é algo utópico, ideal pra mim. Mas o Sport foi o que mais se aproximou. Paixão que não cessa. Credo.

No último dia 5 de Abril, completou 15 anos do suicídio de Kurt Cobain. A empatia desse rapaz é algo ímpar. Não importa sua baixa qualidade de instrumentista. Mesmo treinando 4; 5; 6 horas por dia. Era ruim na guitarra. Mas seu turbilhão psicológico, em detrimento do imenso amor que colocava nas coisas na qual se envolvia acabava com qualquer deficiência. Kurt foi, simplesmente, o líder da maior banda do mundo dos anos 1990. Inquestionável. Mudou o Rock. Mudou a música. Coisa grande. Graças a ele, tenho um casaco de flanela, totalmente inútil, dentro do meu armário. E uma calça rasgada, que hoje é um short. Não dá pra usar. Meu saco escrotal apareceria. Pena.

4 amores. 4 admirações. Putz, vai amanhecer. Au revoir.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Mau.

Dormi durante 4 horas. Acordei. Nada mudou.

Tentei sonhar, nada aconteceu. Tudo escuro. Tudo um imenso reflexo da minha vida. Preto.

Uma escuridão que não dá brechas para qualquer tipo de escolha. Não há espaço para dúvida. E sim para angustiantes certezas. Algumas suportáveis, outras totalmente desumanas. Não tem esse papo de "só temos a cruz que podemos carregar".

Acordei e tudo parece ainda mais parado, mais estático. Mais pobre. Falta foco. Falta sonhar. Falta, principalmente, acreditar nos próprios sonhos. Eu, há muito tempo, deixei de acreditar nos meus. Os tenho apenas para dizer em rodas de amigos (?), só pra não ficar de fora quando chega a minha vez de dizer alguma coisa. De falar.

É uma separação difícil essa, a que ocorre entre nós e os nossos sonhos.  Prece que tudo fica ainda mais negro. Mas, quando eu penso nos meus sonhos, logo vêm as risadas dos outros. É claro, muito complicado de se conseguir, ainda mais pelo caminho que se trilha atualmente. 

Desça do seu pedestal. Você não é capaz de fazer as coisas que imagina poder, apenas para agradar os outros. Faça as coisas que estiverem ao seu alcançe. Você não é especial, como alguns iluminados que vieram ao mundo são. Você não consegue viver no limite o tempo todo. Aliás, seu limite é perigoso,  você nunca chegou nem perto dele, e sabe disso. Você mesmo tem medo dele.

Queria andar de bicicleta por Amsterdã. Passando pelas pontes, passando pelas casas-barco. Queria dar um girassol à alguém. 

Puff.

Pare de imaginar, menino. A não ser quando você está escrevendo, ou quando está destilando esse tipo de coisa para uma garota, essas coisas para nada servem. Afinal, vocÊ não se dedica em desenvolver isso. Você não será um escritor de literatura fantástica, muito menos um poeta. Então... Vamos por as coisas eu seus devidos lugares. 

Todos nós gostamos de uma determinada gama de coisas. Porque não, finalmente, priorizar aquilo que você mais gosta e cair em cima? Porque não tentar desenvolver seu amor por aquela coisa? Você certamente será feliz. Isso eu tenho certeza. Se você quiser.

Acordei, e nada mudou. Fugir seria legal. Viver longe desse monstro enigmático e inexplicável que são as pessoas. Meu olhar é em preto-e-branco, e o mundo têm cores demais. Fica acima da minha compreensão. Não consigo, e nem nunca consegui entender nada. Tudo o que fiz foi me enganar. Foi tentar. Falhei.

Não culpo os outros por conseguirem ver o mundo, e outras pessoas. São felizardas. Eu não consigo. E, sinceramente? Tô de saco cheio de tentar. O que falta é os outros pararem de me fazer tentar. Pararem de me encorajar com palavras vazias e que só me fazem quebrar a cara. Porque as pessoas não desistem, que nem eu fiz? Porque simplesmente não desistem de mim?

Existem covardes no mundo sim. Existem pessoas fracas.

Ora.