Quando tinha 14, 15 anos, eu tinha a doce ilusão de que conseguiria viver minha vida sozinho. Achava que não havia sido feito para qualquer tipo de relacionamento, exceto algumas amizades que todo mundo acaba conseguindo.
Tinha sonho de me tornar professor na Alemanha, e
ser aquele professor tiozão ranzinza que todo mundo gostava, por ser meio folclórico. Barba grande, figuraça. Mas que, por dentro, era um solitário convicto. Muito mais por sua própria incompetência.
Pois bem. Nessa caricatura toda, tinha um elemento teatral essencial: A tosse. Aquela tosse que acompanha os ranzinzas por 5, 10 anos, e ninguém consegue descobrir o que é, até que o ranzinza aprende a conviver com ela, aprende a aturá-la, como muita coisa na vida. Pois bem, a tosse apareceu! Vem me acompanhando por 2 dias, de maneira irritante. Já que o mel não deu certo, vou pro espectorante. Já que não tenho talento pra ser um prof. tiozão ranzinza, não vou ficar só com a parte ruim, que é essa maldita tosse.
Mas, como eu disse, foi uma ilusão. Descobri que preciso de amor, como boa parte das pessoas, que não sou ranzinza e sim boa praça e simpático. Sou mentiroso, e mudo muito de opinião. Mas uma coisa ficou: meu radicalismo! Isso sim. Ah, e minha barba é rala.
É. Os atributos não ajudam. Se eu tinha algum fã, o encanto que ele tinha por mim deve ter se quebrado agora.
Credo.
Eu continuo tua fã, ó!
ResponderExcluir=D
Engraçado essa história do tiozão da barba branca... se fosse um pouco mais simpático, podia ser o papai noel...
E se a barba crescer quando vc tiver velhinho, podia pensar nessa carreira... Pelo menos ele é 'boa praça'! :D
Tenho uma fã! E que fã! Pior que achei essa foto maior cara de vovozão do sítio, que ensina o pivete aqueles ditados que o perseguem a vida toda.
ResponderExcluirTá de sacanagem, puta que pariu
ResponderExcluiresse veilhinho da foto nem parece ranzinza =p
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