quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

My Body, A funeral

O título do post é a musiquinha nova do My Dying Bride. Brilhante, por sinal. Mas tem um motivo.

Quando tinha 14, 15 anos, eu tinha a doce ilusão de que conseguiria viver minha vida sozinho. Achava que não havia sido feito para qualquer tipo de relacionamento, exceto algumas amizades que todo mundo acaba conseguindo. 

Tinha sonho de me tornar professor na Alemanha, e 
ser aquele professor tiozão ranzinza que todo mundo gostava, por ser meio folclórico. Barba grande, figuraça. Mas que, por dentro, era um solitário convicto. Muito mais por sua própria incompetência. 


Pois bem. Nessa caricatura toda, tinha um elemento teatral essencial: A tosse. Aquela tosse que acompanha os ranzinzas por 5, 10 anos, e ninguém consegue descobrir o que é, até que o ranzinza aprende a conviver com ela, aprende a aturá-la, como muita coisa na vida. Pois bem, a tosse apareceu! Vem me acompanhando por 2 dias, de maneira irritante. Já que o mel não deu certo, vou pro espectorante. Já que não tenho talento pra ser um prof. tiozão ranzinza, não vou ficar só com a parte ruim, que é essa maldita tosse.

Mas, como eu disse, foi uma ilusão. Descobri que preciso de amor, como boa parte das pessoas, que não sou ranzinza e sim boa praça e simpático. Sou mentiroso, e mudo muito de opinião. Mas uma coisa ficou: meu radicalismo! Isso sim. Ah, e minha barba é rala.

É. Os atributos não ajudam. Se eu tinha algum fã, o encanto que ele tinha por mim deve ter se quebrado agora.

Credo. 

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Definição.

Hiato justificável...

Bem, não.

É INCRÍVEL como as pessoas conseguem nos definir melhor que nós mesmos. Sem tirar, nem pôr. 

Olha só, que cara estranho que chegou

Parece não achar lugar

No corpo em que Deus lhe encarnou

Tropeça a cada quarteirão

Não mede a força que já tem

Exibe à frente o coração

Que não divide com ninguém

Tem tudo sempre às suas mãos

Mas leva a cruz um pouco além

Talhando feito um artesão

A imagem de um rapaz de bem

 

Olha ali quem tá pedindo aprovação

Não sabe nem pra onde ir

Se alguém não aponta a direção

Periga nunca se encontrar

Será que ele vai perceber

Que foge sempre do lugar

Deixando o ódio se esconder

Talvez se nunca mais tentar

Viver o cara da TV

Que vence a briga sem suar

E ganha aplausos sem querer

 

Faz parte desse jogo

Dizer ao mundo todo

Que só conhece o seu quinhão ruim

É simples desse jeito

Quando se encolhe o peito

E finge não haver competição

É a solução de quem não quer

Perder aquilo que já tem

E fecha a mão pro que há de vir

 

 

Espero que o carnaval de vocês tenha sido bom.

Forte abraço.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Mudança de Sonhos.



Acredito que, a medida que as coisas passam, a medida que adquirimos experiência na vida, que conseguimos compreender melhor os outros e principalmente a nós mesmos, nossos objetivos e metas também vão se modificando, sendo "aperfeiçoadas". 

Acho que isso também ocorre com nossos sonhos. Até onde mudar nossos sonhos, objetivos, em virtude de experiências adquiridas é algo normal? Eu realmente queria a opinião dos fiéis leitores nessa indagação. Conheço algumas pessoas que ficam revoltadas comigo quando eu digo que meus grandes sonhos não são estáticos. Apesar de alguns seguirem comigo desde que consigo raciocinar o futuro, outros eu abandonei pela estrada. 

Que fique claro que os sonhos foram abandonados no meio do caminho, ou seja, foi durante a caminhada que eu percebi que: Ou eles eram impossíveis de serem realizados, ou simplesmente, não eram pra mim. Não tenho dificuldades em falar disso, e sou contrário àquela papagaiada que "tudo é possível". Não. Acredito, sem nenhuma espécie de pessimismo, que existem coisas que simplesmente não dá pra realizar. Os sonhos são, quase sempre, inseridos em um contexto, muitas vezes envolvem uma coletividade, uma sociedade. Afinal, viver só é impossível. Não somos uma ilha.

Apesar dessas palavras, que já me levaram duras discussões com amigos e colegas, não me considero um pessimista e/ou desiludido. Tenho 22 anos, e seria muito novo para estar nesse estágio. Tenho muita coisa pra viver, e aprendo todos os dias. Me considero simplesmente livre de certos utopismos (isso existe?), os quais os considero conveniente demais. 

O tocante é: Os sonhos, muitas vezes, movimentam e são os guias de nossas vidas. Mas, como comandantes da mesma, podemos mudar... E mudá-los. Mesmo que tais estejam tão incrustrados em nossa personalidade, que choquem outros, quando esses tomem conhecimento de nossas decisões.