terça-feira, 4 de maio de 2010

Forrester

O exercício de ser um ser social, com o perdão da repetição, é algo infinito. Sempre se pode aprender mais, e sempre se tem algo a ensinar. As pessoas que vivem ao nosso redor, e mais, as pessoas que descobrimos ao longo da vida, todas com suas personalidades diferentes, trejeitos, modos, opiniões, atitudes... Tudo isso torna uma aventura diária simplesmente o fato de conviver.

Em meio a um oceano de marasmos e de mediocridade, na real acepção da palavra, consegue-se achar uma jóia, se tivermos sorte. Existe uma passagem de um de meus filmes favoritos, "Procurando Forrester", que diz o seguinte: Perder a família nos obriga a encontrar, de novo, nossa nova e própria família. Talvez tenhamos nos amigos a nossa verdadeira família.

Pensei muito nesse filme nos últimos dias, ouvi sua música, que, por sinal, é uma das composições mais belas que já ouvi. É um filme que se encaixa perfeitamente com o que eu tenho tentado buscar: caminhos. Quando ele termina, você abre a janela e fica olhando pro nada, tentando achar sua trajetória, e sempre aparece aquele sorrisinho no canto da boca.
O filme diz: "Uma amizade que surge no lugar mais improvável que se possa imaginar".

Lugar, forma, situação. Tudo é insólito. E por isso mesmo, fascinante. Escapa ao mar do marasmo. A flor da convivência vai, assim, sendo regada. E, depois de ver esse filme, nós podemos compreender de uma forma melhor, como existem personalidades tão mesquinhas e burras, dentro de algumas pessoas com as quais convivemos. E percebemos também o quanto temos de melhorar, para chegar perto de Jamall Wallace, ou de William Forrester. Personagens construídos para um filme, e que deram o maior exemplo de amizade que já vi.

Acho que esse filme deveria ser obrigatório para todas as pessoas que têm dificuldade em viver em sociedade. E aqui fala alguém com total propriedade no assunto. Quando acha que estou fraquejando, e quero me tornar William Forrester (e, se possível, com o talento dele e sua mania de usar meias ao avesso), eu lembro de Jamal.

E, principalmente, da guitarra de Bill Frisell, tocada de uma forma nostálgica. Tocada de uma forma que gera esperança, e ao mesmo tempo lembrança. Me faz lembrar dos bons momentos que tenho por causa de amizades, e de como eu confundo as coisas.
Saudade de abraços. De conversas pela madrugada. Saudade da amizade saudável.


2 comentários:

  1. Algum dia me disseram: "The first secret to write is... To write. Not to think".

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  2. Eiiiiiii =) saudades de tuuuuu!!! Vou procurar o filme hihihihihi Valew a dica!!! Bjo Bjo Bjuuuus!!! "Família é gente com quem se conta".

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