quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

There was a time.

A idéia de sempre estar presente, para ser notado, soa esquizofrênica para mim agora. O ato de estar sempre presente me tornou banal. William Forrester me disse que eu deveria me resguardar um pouco mais, pelo menos no que diz respeito às minhas histórias e vida pessoal. Assim, talvez, eu parasse de meter os pés pelas mãos a cada 2, 3 dias. Se resguardar não significa se esconder, e sim ter um pouco mais de consciência e racionalidade ao ter certas atitudes. Nos pensamentos, a coisa ainda é bem livre, felizmente.

Sou impulsionado a escrever por cordas vibrantes de uma guitarra, sendo usada para desferir um determinado solo, ou então pelas teclas suaves de um piano melancólico. O fato é que não consigo escrever no silêncio. O silêncio só serve pra mim para pensar. Pensar até minha cabeça aparentemente começar a esquentar, me fazendo parar, virar pro lado e tentar dormir.

Lembro de uma história interessante, que aconteceu há pouco tempo, e que sempre é válvula de escape quando a rodinha fica sem assunto. Estava indo ver um jogo de futebol com uns amigos, e sempre colocamos o carro no estacionamento de um supermercado que, sabendo que nós e outras mil pessoas fazem isso, estipulou o pagamento de R$10,00 de estacionamento, ou o consumo de R$30,00, em forma de compras gerais, dentro do mesmo supermercado, com a comprovação da compra com notas fiscais, na saída do mesmo.

Jogo terminado, e ninguém com disposição para fazer compras, muito menos de organizar uma vaquinha para angariar R$10,00. O que se faz? Entra-se no supermercado em busca de notas fiscais que estivessem pelo chão, abandonadas por pessoas que não cumprissem com sua função de cidadãs e as guardassem por determinado período de tempo naquelas caixinhas de recibos de compras que todos temos em casa.

De repente, um de nós acha um comprovante de compra de R$1699,00. TV de LCD de 32 polegadas, se me lembro bem. Estava resolvida a questão. O maior cara-de-pau do grupo vai dirigindo, tendo a incumbência de entregar a nota de quase R$2000,00 para a moça. Compra essa, em teoria, feita por 5 rapazotes de 23 anos, fedendo a jogo de futebol, todos uniformizados.

"Onde está a TV?"
- Na mala, e eu não lhe devo explicações.

Fomos embora. Rindo pelos cotovelos (e também pelos olhos) e felizes. Essas histórias são únicas.
Achou o post confuso?

Pois bem, é minha vida.

Um comentário:

  1. Comprasse umas Brahmas, porra!!!! Boa na alegria e na tristeza... ;)

    ResponderExcluir