domingo, 26 de julho de 2009

Blackfield

Sabe quando você para e começa a pensar na sua vida, naquelas retrospectivas super completas de 5 minutos? Geralmente, isso ocorre quando colocamos a cabeça no travesseiro, uma vez ou outra. Pode ser do dia que passou; de um trabalho concluído, de sua infância até certo ponto. Enfim, o intervalo temporal pode ser definido de qualquer forma, a gosto do freguês.

E às vezes, quando eu faço essa retrospectiva, um sentimento é muito recorrente: O de que minha vida e minhas atitudes andam em círculos. Que eu simplesmente não consigo andar pra frente. Que minha preguiça e insegurança me fazem não atingir minhas metas traçadas. Parece que eu sempre tenho que olhar para trás para buscar alguma solução, e não pra frente.

Por que para mim não existe o futuro. Não existe a perspectiva dele. Tenho sonhos, como todas as pessoas têm. Quero realizá-los, como todos os outros. Mas existe uma sensação de que esse tipo de realização não funcionará comigo.

Mas o fato é que, de vez em quando, andar em círculos é uma coisa surpreendentemente boa. Um amigo que lhe liga no meio da noite, depois de um dia difícil, e lhe chama para conversar. Um amigo que não tinha intimidade com você sobre assuntos pessoais dele, e de repente vê em você uma pessoa útil. Utilidade.

Ao redor da mesa, mais dois colegas, que você queria demais que subissem de posto na classificação social. Colegas o cacete. É uma sensação doentia de tentar ser amado, ou simplesmente saber que as pessoas sentem prazer em ter sua companhia. Mesmo fazendo tantas coisas erradas, e tendo tantos problemas de foco.

Eu não sei vou conseguir alguma coisa de relevante para mim, na vida. Eu sei que, quando eu morrer, seu serei lembrado por um tempo, e depois serei relativamente esquecido, como todas as pessoas normais são. Mas eu acho que consegui gravar alguma coisa de importante na vida de determinadas pessoas. E isso, para mim, soa como uma vitória. Como um objetivo alcançado.

Não tenho pensado em outra coisa, se não no amor.

O mês de férias está acabando, e eu tenho exatamente as mesmas metas que tinha quando o mês de férias do começo do ano terminou. Ou seja: Não andei. Vamos ver agora.

sábado, 4 de julho de 2009

Take a Picture.

Sabem, eu sempre fui uma pessoa constantemente decepcionada comigo mesmo, com um sem-número de pessoas e com a vida em geral. Sempre enxerguei um potencial imenso de felicidade que não é aproveitado. Por mim. Sempre pensei que poderia ser muito mais feliz do que sou, se conseguisse aproveitar tudo que a vida tem para oferecer. Por algumas razões, não posso ou não consigo.

Mas sempre obtive uma excelente fuga nos filmes. Certos filmes me dão muito mais esperança do que qualquer conversa com pai, mãe ou amigos. Certos filmes que vi e não me canso de ver quantas vezes eu puder, me fazem sempre acreditar de que a felicidade é possível como é visto neles. Não sei se realmente é, mas o notório é que, depois que eles terminam, sem vem um sorriso imenso no meu rosto, e uma vontade de chorar. Um choro de redenção. Tipo um "vai lá, porra!"

Um filme em especial, o qual não direi o nome aqui, por que muitos não entenderão, e que acabei de ver (são 4 da manhã), sempre me faz acreditar, sempre me faz ter fé. Uma fé que faz questão de não me largar, apesar de eu já a ter largado várias vezes. Muitas pessoas fazem uma imagem de mim como uma pessoa que eu simplesmente não consigo enxergar. Mas são tantas as pessoas que têm a mesma imagem, que eu começo a me perguntar se o errado e o burro não sou eu. Muito mais fácil que diversas pessoas estejam certas, do que apenas uma, creio eu.

Esse filme me fez ver que, às vezes, é preciso transpor limites, ou até mesmo criá-los, quando não se tem, para ser feliz. Rever conceitos e atitudes, e principalmente opiniões sobre si mesmo. Sobre o que é importante para você. Como se fosse uma foto. Incrível como esse filme, cheio de sorrisos e momentos bonitos, me fez ter vontade de escrever esse tópico, e em especial algumas frases que colocarei no final do post.

Muitas vezes, quando vemos alguém morrendo, ou uma pessoa que está prestes a morrer, mas que subitamente consegue se salvar, ouvimos delas que queriam dizer a muitas pessoas o quanto as amavam, mas que acharam que não teriam a oportunidade. Isso é verdade. A maioria das pessoas deixa passar esse tipo de sentimento ou atitude, a achando vergonhosa ou desnecessária.

Pois bem. Não se sabe o dia de amanhã, nunca sabemos o que acontecerá conosco, visto que não temos qualquer controle sobre nada. Tem tanta gente que eu amo, cada um à sua maneira, tanta gente que eu gosto, que chega dói. Eu amo muito, muitas pessoas. Queria que todas elas fossem muito, mas muito felizes. Mas não sei se terei a oportunidade de dizer isso a cada uma delas. Vou me esforçar ao máximo para cumprir isso.

Como num filme, essa declaração, quando sincera, pode fazer muita gente rever o modo de viver, e de ver a vida. Valores absolutos como amizade; comprometimento; companheirismo e amor, são baluartes que não podem ser separados da vida. Esses valors nos movem, nos fazem sorrir.

Nos dão esperança.

Eu amo muita, muita gente. Esse filme me fez ver isso com uma clareza maior do que eu sempre vi. Devia viver dentro de um cinema, devia viver em um lugar onde eu conseguisse ser sincero sem ser considerado frágil.

Amo vocês pra caralho. Sempre amarei, mesmo que às vezes não pareça. Amo muito, mesmo que sinta dor. "Can everyone agree that no one should be left alone"

Infelizmente, muitos serão deixados pra trás. Mas eu queria deixar aqui registrado. Fibra moral.